Brazilian Black Belt

 

É impossível alimentar a população mundial sem CARNE

Posted by Felipe Costa Jan 18, 2016 Categories: Felipe Costa

Fato ou mito?

Como muitos sabem em 15 de outubro de 2013 parei de comer carne exclusivamente por compaixão aos animais, desde então vim reduzindo drasticamente o consumo de peixe (sendo que hoje devo comer o equivalente a uma vez por mês, mais até por questão social, chegando a passar alguns períodos maiores e outros menores sem consumí-los) e outros produtos de origem animal (laticínios) apesar de ainda fazer parte da minha dieta.

Quem é próximo sabe também que não fiz disso minha "religião" e não ando por aí tentando convencer os outros de seguir a mesma direção, mas gosto de falar do assunto quando alguém pergunta, acredito ser uma oportunidade de mostrar meu ponto de vista e ajudar a propagar minhas razões.

Ontem recebi a visita de um familiar próximo que fez perguntas a respeito mas demonstrou acreditar em fatos equivocados, como por exemplo "ser impossível alimentar a população mundial sem carne". Eu acredito que ainda é utópico, mas os fatos mostram ser possível e inclusive, talvez, a única solução.

Ele disse que leria um texto ou veria um video se eu separasse para ele. Nessas horas fico até tenso, pois a responsabilidade de achar aquele texto/video que vai explicar como cheguei nesse ponto é difícil e sei que provavelmente será minha única chance e se ele se desinteressar no início...chance pelo ralo.

Optei por um artigo da Revista Super Interessante, por ser um artigo bem neutro, que não apenas fala a favor ou contra, mas mostra os dois lados. Segue o que escrevi ao meu familiar, repare que o que esta em CAPS é o que escrevi (não por estar gritando, mas só para diferenciar do texto do artigo), optei por reproduzir aqui, pois se o meu familiar tem essas dúvidas, mesmo sendo uma pessoa esclarecida, quem estiver lendo isso pode ter também. SEGUE:

OI, SEPAREI ALGUNS TRECHOS DO TEXTO DA REVISTA "SUPER INTERESSANTE" QUE VAI TE AJUDAR A ENTENDER POR QUE É NA VERDADE POSSÍVEL E TALVEZ A ÚNICA ALTERNATIVA PARA O FUTURO DO MUNDO PARAR DE COMER CARNE, SE QUISER LER O TEXTO TODO QUE É BEM NEUTRO, ELES ANALISAM DE MANEIRA SÓBRIA, SEM "FAVORITISMO" OS PRÓS E CONTRAS, ESSE É O LINK:http://super.abril.com.br/c…/deveriamos-parar-de-comer-carne

O planeta precisa de carne?

Na verdade, se todos fossem vegetarianos, é provável que não houvesse tanta fome no mundo. É que os rebanhos consomem boa parte dos recursos da Terra. Uma vaca, num único gole, bebe até 2 litros de água. Num dia, consome até 100 litros. Para produzir 1 quilo de carne, gastam-se 43 000 litros de água. Um quilo de tomates custa ao planeta menos de 200 litros de água.

Sem falar que damos grande parte dos vegetais que produzimos aos animais. Um terço dos grãos do mundo viram comida de vaca. No Brasil, o gado quase não come grãos – graças ao clima é criado solto e se alimenta de grama. Mas boa parte da nossa produção de soja, uma das maiores do mundo, é exportada para ser dada ao gado. Outra questão é que a pecuária bovina estimula a monocultura de grãos. Num mundo vegetariano haveria lavouras mais diversificadas e teríamos muito mais recursos para combater a fome.

E não se trata só de comida. A pecuária esgota o planeta de outras formas. “Para começar, ocupa um quarto da área terrestre e não pára de se expandir”, diz o ativista vegetariano Jeremy Rifkin. A pressão para a derrubada das florestas, inclusive a amazônica, vem em grande parte da necessidade de pasto. Entre os danos ambientais causados pelo gado, está também o aquecimento global. Os gases da flatulência de bois e ovelhas – não, isso não é uma piada – estão entre os principais causadores do efeito estufa.

ENTAO AQUI VOCÊ JÁ PERCEBE QUE É UM EQUIVOCO PENSAR QUE É IMPOSSÍVEL O PLANETA VIVER SEM CARNE, CASO SE INTERESSE PODE ENCONTRAR OUTROS DADOS A RESPEITO, ACHEI ESSE TAMBÉM INTERESSANTE:

"No Brasil, segundo o Instituto CEPA, um boi precisa de um a quatro hectares
de terra e produz, em média, 210 kg de carne, no período de quatro a cinco
anos.No mesmo tempo e na mesma quantidade de terra, produz-se, em média:

8 ton de feijão 19 ton de arroz 22 ton de maçã
23 ton de trigo 32 ton de soja 34 ton de milho
35 ton de cenoura 44 ton de batata 56 ton de tomate

Sem falar que é possível obter duas ou até três safras por ano desses vegetais combinados, aumentando bastante essas quantidades."http://www.syntonia.com/…/artigo-impactos-ambient…/index.htm

ISSO SEM NEM ENTRAR NO MÉRITO DA QUESTÃO MORAL, POIS É CONSCIÊNCIA DE CADA UM, MAS VEJA O QUE O ARTIGO DA SUPER INTERESSANTE FALA A RESPEITO DA FORMA COMO ESSES ANIMAIS SÃO TRATADOS ATÉ CHEGAREM NO PRATO.

Como vivem - e morrem - os animais

Boi

No Brasil, os bois são criados soltos. Provavelmente, essa forma de criação é menos terrível que a de países frios do Cone Sul e da Europa, onde os invernos matam o pasto e fazem com que os animais fiquem fechados em áreas apertadas, comendo só ração. Isso não quer dizer que seja o melhor dos mundos. Os animais muitas vezes passam fome, vivem cheios de parasitas e apanham copiosamente. “O manejo no Brasil é muito bruto”, diz o etólogo Mateus Paranhos da Costa, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), de Jaboticabal, especialista no assunto.

Não existe aqui no Brasil a produção de vitela – carne muito branca e macia de bezerros mantidos em jaulas superapertadas para evitar que se movimentem. Para acentuar a brancura da carne, os criadores não permitem que o bezerro coma grama ou grãos, só leite – a dieta tem que ser pobre em ferro e em outros nutrientes, forçando uma anemia no animal. Com isso, torna-se necessário o consumo de antibióticos, para diminuir o risco de infecções do animal desnutrido. “A vitela deveria ser proibida no mundo inteiro”, afirma o agrônomo e etólogo Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, especialista em técnicas de manejo da Universidade Federal de Santa Catarina.

Para matar um boi, primeiro se dá um disparo na testa com uma pistola de ar comprimido. O tiro deixa o animal desacordado por alguns minutos. Ele então é erguido por uma argola na pata traseira e outro funcionário corta sua garganta. “O animal tem que ser sangrado vivo, para que o sangue seja bombeado para fora do corpo, evitando a proliferação de microorganismos”, diz Ari Ajzenstein, fiscal do Serviço de Inspeção Federal (SIF), que zela para que as regras de higiene e de bons tratos no abate sejam cumpridas.

Em 1997, a ativista de direitos dos animais americana Gail Eisnitz escreveu o bombástico livro Slaughterhouse (“Matadouro”, inédito no Brasil), no qual acusava os matadouros de sangrar muitos animais ainda conscientes. “Não vou dizer que isso não acontece no Brasil, mas não é freqüente”, afirma Mateus Paranhos.

O abate a marretadas está proibido no país, o que não quer dizer que não aconteça – já que quase 50% dos abates são clandestinos e, portanto, sem fiscalização. O problema da marretada é que não é fácil acertar o boi com o primeiro golpe. Muitas vezes, são necessários dezenas para desacordá-lo.

 

Galinhas

Essas quase sempre levam uma vida miserável. Vivem espremidas numa gaiola do tamanho delas. As luzes ficam acesas até 18 horas por dia – assim elas não dormem e comem mais (isso acontece principalmente com as que produzem ovos). Seus bicos são cortados para que não matem umas às outras e para evitar que elas escolham que parte da ração querem comer – caso contrário, ciscariam apenas os grãos de seu agrado e deixariam de lado alimentos que servem para que engordem rápido.

A morte é rápida. As galinhas ficam presas numa esteira rolante que passa sob um eletrodo. O choque desacorda a ave e, em seguida, uma lâmina corta seu pescoço. O esquema é industrial. Hoje, nos Estados Unidos, são abatidas, em um dia, tantas aves quanto a indústria levava um ano para matar em 1930. Nas granjas de ovos, pintinhos machos são sacrificados numa espécie de liquidificador gigante. Parece horrível, mas é a mais indolor das mortes descritas aqui.

Porcos

Outros azarados. Não têm espaço nem para deitar confortavelmente. “São confinados do nascimento ao abate”, diz Pinheiro Filho. As gestantes são forçadas a parir atadas a uma fivela, apertadas na baia. O abate é parecido com o de bovinos, com a diferença que o atordoamento é feito com um choque elétrico na cabeça e que o animal é jogado num tanque de água fervendo após o sangramento, para facilitar a retirada da pele. Gail Eisnitz afirma, em seu livro, que muitos porcos caem na água fervendo ainda vivos, mas isso provavelmente é incomum.

 

Patos e gansos

Os mais infelizes dos nossos alimentos provavelmente são os gansos e patos da França. O foie gras, um patê tradicional e sofisticado, é feito com o fígado inflamado das aves. Os produtores colocam um funil na boca delas e as entopem de comida por meses, fazendo com que o fígado trabalhe dobrado. Isso provoca uma inflamação e faz com que o órgão fique imenso, cheio de gordura. Ou seja, o patê, na prática, é uma doença. Há movimentos pedindo o banimento do produto. Não se produz foie gras no Brasil.

E o que fazer a respeito

Há uma verdade inescapável: ao comermos carne, somos indiretamente responsáveis pela morte de seres que têm pai, mãe, sofrem, sentem medo. “Os vertebrados sentem dor”, diz Rita Paixão, fisiologista e bioeticista da Universidade Federal Fluminense. Isso é um fato e, se você pretende continuar comendo carne, é bom se acostumar com ele. Mas podemos ao menos minimizar o sofrimento, escolhendo comidas que impliquem em menos crueldade. O mercado oferece alternativas...

ACREDITO QUE SABER ESSES FATOS SÃO IMPORTANTES, INDEPENDENTE DA DECISÃO DE CADA UM, CASO TENHA LIDO ATÉ AQUI, VALE A PENA LER O TEXTO DA REVISTA , QUE COMO DISSE É BEM NEUTRO E TENTA MOSTRAR FATORES PRÓ E CONTRA.

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