Ex-campeão mundial de jiu-jitsu, o brasileiro Rodrigo "Comprido", que hoje é responsável pelos treinos de chão do gigante Brock Lesnar, entrou em contato com o R7 para manifestar o repúdio à lei aprovada no Estado de Illinois, onde mora nos EUA, que, de acordo com o atleta, “mataria” o esporte ao igualar as competições da modalidade às de MMA.

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- O motivo principal é que todos atletas, desde os faixas-brancas e as crianças, teriam de fazer exames de sangue, que custam em torno de US$ 100 [cerca de R$ 150], assim como no MMA. Se somarmos ao preço da inscrição, ficaria muito caro competir, ainda mais por se tratar de um esporte amador. Eles vão matar o jiu-jitsu no estado.

A medida, que já havia sido aprovada três anos atrás e revertida judicialmente por professores da região, ganhou aval do Congresso de Illinois nesta semana e está a uma assinatura do governador para entrar em vigor.

- Não faz sentido uma lei como esta ser aprovada sem ninguém consultar atletas e federações do esporte envolvido. Por isso criamos uma espécie de baixo-assinado público pelo Facebook para, quando conseguirmos marcar uma entrevista com o governador, termos um grande número de apoiadores pela nossa causa.

Como o jiu-jitsu é um esporte em que, apesar de ser de contato, não há cortes, e quando há, o combate e interrompido, a exigência de exames de sangue para análise possíveis doenças nos competidores poderia ser substituída por exames antidoping.

- Se é para cobrar, que façam exames antidoping. Aí sim, quanto a isso eu sou a favor. Mas é que, na verdade, as comissões atléticas são formadas por membros ligados ao boxe. De fato, é o boxe, que está minguando nos EUA, querendo controlar outros esportes. Como a renda deles está diminuindo, eles precisam fazer mais dinheiro. Com a lei, todo atleta de jiu-jitsu teria que ser afiliado e pagar taxas para competir.